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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Quando a paixão é violenta, cuide-se!

  

Por certo que já se apaixonou muitas vezes... Algumas perdidamente e por um longo tempo, algumas intensamente mas por pouco tempo.
Por certo que muitas dessas paixões foram muito válidas e lhe acrescentaram muitos aprendizados sobre o que quer ou o que não quer mais para você.
Mais certo ainda é que, quando nos apaixonamos, ficamos mais belos, mais felizes, mais dispostos. Fazemos declarações de amor, fazemos sacrifícios, fazemos tudo para vivermos intensamente o que estamos sentindo...
Pois é... Somos capazes de fazer tudo isso por outra pessoa. Muitas delas que acabamos de conhecer e que ainda nem provaram que tem a mesma valoração moral que nós para conduzir uma relação.
Ao que me leva a pergunta que move este artigo: é capaz de tamanho empenho, dedicação, doação e paixão por você mesmo?
Toda a força e intensidade que é capaz de dedicar a alguém, consegue canalizá-la para cuidar de você?
Esse equilíbrio entre doar-se aos outros e doar-se a si deveria ser buscado continuamente. Aquilo que sou capaz de fazer pelo outro também devo ser capaz de fazer por mim... O presente dado, o tempo dedicado, o afeto oferecido, o esforço despendido... Todo ele deveria estar constantemente sendo exercitado em prol de quem é capaz de dedicar aos outros.
Quando se é capaz de gostar de si mesmo, fica-se mais forte quando a paixão não dá certo. Fica-se mais capaz de suportar a dor de perder alguém que já não está mais vibrando na mesma frequência que você.
É por isso que as pessoas sofrem tanto por amor: porque não conseguem dedicar-se a cuidar de si do tanto que dedicaram ao outro e acabam cobrando “a fatura” do que investiu.
Lamentavelmente, esse tipo de investimento é a fundo perdido... Não há devolução. Mas poderá, neste momento, aproveitar para perguntar-se: por que não consigo amar a mim mesmo do tanto de amor que dediquei a outra pessoa?
Nossa forma de amar é definida pela relação com nossos pais. Mais ou menos intensamente, mais ou menos comprometidamente, mais ou menos dependente, nosso jeito de amar sempre se prestará a suprir nossas necessidades afetivas. Quanto maiores as necessidades, mais fazemos e mais esperamos do outro.
Além da necessidade de “curar” possíveis carências afetivas que se apresentaram ao longo da vida, é necessário investir no fortalecimento da auto estima. E para fortalecer a auto estima é preciso investir em auto conhecimento, tornar-se consciente das possibilidades e limitações, colocar-se em primeiro lugar (e sei que isso é difícil com a cultura de “coitadismo” e pseudo humildade que temos).
Para lhe ajudar a entender, colocar-se em primeiro lugar é parecido com aquele procedimento que o comissário de bordo lhe orienta no avião: coloque a máscara primeiro em você... Sabe o motivo disso? Porque, para salvar os outros, é preciso, primeiro, conseguir salvar a si mesmo.
Boa vida!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Como me tornei Life Coach de lutadores de MMA

Team Geni Frota em 2015


Agora o MMA (Mixed Martial Art) é minha vida. Não dá mais pra sair. A coisa tomou uma proporção que eu julgo não ter mais volta.
Então me deu vontade de escrever aqui como tudo isso começou. Vai dar um texto maior do que costumo escrever mas, é uma bela história.
Leia!
Vivo dentro do esporte há 33 anos. Fui atleta, dirigente, treinadora, árbitra... E agora, me dedico, também, ao Coaching Esportivo.
Adoro esportes! Todos! Ainda não encontrei um esporte que eu não goste. Porque não é só o esporte que me apaixona e me seduz. É o que ele é capaz de fazer às pessoas. É como ele desafia a superação de limites (meio clichê, eu sei), como ele é capaz de dar foco e direção, como ele pode dar àquele que se supera a melhor das sensações que alguém pode sentir: a alegria da conquista.
Somos naturalmente competitivos. Afinal, foi isso que nos manteve sobre a terra como espécie e é isso que nos garantiu todo o aspecto evolutivo ao longo dos séculos.
Mas o esporte nos dá dois diferenciais: as regras e os índices.
No esporte somos desafiados a evoluir dentro de certas normas e regras específicas e somos desafiados a perseguir uma meta que deverá ser constantemente superada. Somente essa superação pode garantir a coroa de louros, um lugar no Olimpo, a entrada triunfal na cidade...
Sou Coaching desde 2004 e tenho como mestres os americanos Rhandy Di Stefano e Arline Davis. Fiz formação em Coaching com os dois. O primeiro em 2004 e o segundo em 2011.
Em meados de 2012, me dei o desafio de “testar” o que eu já fazia no esporte coletivo (futebol) em algum esporte individual. Quis o bom Deus que eu me deparasse na minha time line (linha do tempo no micro blog Twitter) com uma menção feita por Rodrigo Minotouro a um certo “John Macapá”.
Macapá é a cidade onde moro e me chamou atenção porque eu não sabia que existia MMA no Amapá e muito menos que havia um amapaense participando do primeiro TUF (The Ultimate Fight) realizado no Brasil.
A menção a John ocorreu devido a sua polêmica derrota que acabou por tirá-lo do programa. Na sequência, ele participaria de uma edição do UFC, onde também sairia derrotado. Em ambas as derrotas, a decisão coube as juízes. (A derrota dentro do TUF não conta para o cartel do lutador)
Adquiri o pacote do canal fechado apenas para ver a luta de John. Após o resultado, um amigo que conhece meu trabalho como Coach me falou: “seu trabalho pode ajudar esse rapaz”.
A partir dali, comecei uma busca para entrar em contato com John a fim de oferecer meu trabalho a ele. Consegui contato cerca de 8 meses depois, porque ele havia se mudado para o Rio de Janeiro a fim de treinar na academia Nova União.
Em uma de suas visitas a Macapá, nos encontramos e expliquei o que fazia e como poderia ajudá-lo com o Coaching. Ele aceitou na mesma hora. Naquele momento eu não sabia como poderia ajudá-lo e ele me diria tempos depois que aceitou também sem saber como aquilo poderia ser útil. Mas eu estava disposta a estudar o esporte, estudar como ele funcionava e usar as ferramentas do Coaching para potencializar o talento daquele jovem.
Mas o Universo une quem precisa se encontrar e desde que aquele tweet veio parar na minha conta que eu sabia que precisava encontrar aquele rapaz.
Trabalhamos juntos há 3 anos e desde então ele nunca perdeu. Que fique claro aqui que o mérito cabe a John, porque soube o que fazer com cada ferramenta que o processo de Coaching ofereceu a ele. Nesses 3 anos ele teve a coragem de quebrar paradigmas e desafiar suas crenças.
Nunca conheci alguém mais disciplinado e mais consciente de onde quer chegar do que John Macapá. Nunca conheci alguém que tivesse tanta coragem pra fazer renúncias... Sinto-me privilegiada e orgulhosa por ser testemunha de uma parte da história que apenas eu posso contar mas que vocês podem medir através dos resultados que ele vem conquistando.
Da nossa interação e dos resultados alcançados, surgiram outros lutadores que se interessaram pelo trabalho e que acabaram por me colocar definitivamente e irremediavelmente no mundo do MMA.
Hoje trabalho de maneira constante, além de John, com Felipe Fróes, Alexandre Cirne, Luis Felipe “Cabocão, Luan Luiz e William “Pitchula” e vários outros que me procuraram para trabalhar para uma luta específica: Raico “Raio X”, Junior Chaves, Eliandro PQD e Geisa Veloso.
Cada um deles é um universo diferente, precisa de uma abordagem diferente, mas todos tem uma coisa em comum: eles decidiram sair do lugar comum e assumir a responsabilidade por suas escolhas.
Como é feito o trabalho de Coaching com lutadores de MMA?

Essa é outra história que vou contar...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O que é preparação psicológica?




Queria muito dizer que preparação psicológica é quando você tem certeza que está preparado psicologicamente...
Queria muito poder dizer que preparação psicológica é quando seu pensamento é muito positivo e você tem consciência do que quer...
Queria muito dizer que preparação psicológica é quando você reza e pede a benção de Deus...
Queria muito dizer que preparação psicológica é quando você treinou muito, estudou muito, "ralou" muito ou qualquer coisa muito que você tenha feito...

Não é... Infelizmente!

Preparação psicológica é algo sério, estruturado, metódico... Tem um início, um meio e um fim. Preparar o psicológico de um indivíduo requerer 4 coisas básicas: 1) um objetivo 2) mapeamento do funcionamento desse indivíduo 3) mapeamento de todas as crenças limitantes que ele possa possuir em relação ao objetivo e 4) aplicação de técnicas específicas para aquele objetivo e para aquele padrão de funcionamento.
Isso exige trabalho, dedicação e conhecimento técnico de algumas ferramentas, que vão de acordo com a abordagem que o profissional responsável utiliza no seu trabalho.
Logo, preparação psicológica é, antes de tudo, um trabalho técnico que deve ser conduzido por alguém que estudou para isso. É um trabalho científico, com método, com abordagem, e não uma série de ritos ou gritos insanos de palavras supostamente motivadoras (exclua-se também os tapas na cara, por favor...)
Isso até poderia fazer parte de algum trabalho mas, já possuímos, neste século, estratégias melhores e mais eficazes para trabalhar a mente humana, me acreditem.
Atualmente, pode-se lançar mão de conhecimentos em psicologia: recomendaria os baseados na Gestalt, prioritariamente, e o bom e velho Behaviorismo, em algumas circunstâncias bem pontuais. Temos o Coaching, que é um protocolo utilizado para alcançar um fim específico; a Programação Neurolinguística, que compõem-se de um conjunto de técnicas e exercícios que busca ressiguinificar e melhorar o desempenho do indivíduo.
Mas ainda pode-se lançar mão da fabulosa e desafiante Abordagem Centrada na Pessoa, de Carl Rogers; d Psicodrama, do apaixonante Moreno; de Constelações, desenvolvida por Bert Hellinger (morro de inveja de quem domina essa abordagem) e da minha mais recente e preciosa descoberta: o Panorama Social, de Lucas Derks (ainda estou estudando)...
Enfim, não faltam abordagens e técnicas para ajudar o desenvolvimento do potencial humano a partir do fortalecimento da mente. Mas o domínio de tais ferramentas precisa de estudo, muito estudo, dedicação a observar o cliente, a fim de usar a melhor ferramenta para atender ao funcionamento dele e ao objetivo dele.
Mas, cuidado! Preparação mal feita pode gerar resultados desastrosos e comprometer o mais simples resultado. Procure um profissional preparado e, principalmente, que você confie e que se sinta bem com ele (chamamos isso de rapport). O principal foco de avaliação do trabalho de um profissional é o feedback. Um profissional sério está sempre buscando feedback. Estará sempre monitorando os resultados do seu trabalho. Fique atento!

Preparação psicológica é coisa séria! E produz resultados. Grandes resultados!