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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Quando o bem encontra o mal...



Há algum tempo atrás tive a infelicidade de conviver com uma pessoa que tinha um perfil com grau de psicopatia... Creia, não desejo isso para ninguém!
Estava eu a meio caminho dos estudos que tenho hoje sobre o comportamento humano e possuía pouco conhecimento para identificar tais traços em alguém. Vocês podem imaginar como me senti quando percebi que estava convivendo com um psicopata.
Desde aquele tempo, mantenho uma leitura constante sobre o tema com fins exclusivos de auto instrução, sem qualquer pretensão de uso profissional.
Dentre minhas leituras, destaco os livros Mentes Perigosas – O psicopata mora ao lado, de Ana Beatriz Barbosa Silva e Precisamos falar sobre o Kevin, de Lionel Shriver. Ambos de leitura fácil, o primeiro tem uma abordagem técnica enquanto que, o segundo, trata-se de uma metáfora sobre o assunto. (Recomendo a leitura do livro antes de assistir ao filme).
Mas deve estar se perguntado, por que estou abordando tal assunto... Peço que continue a leitura....
Pois bem, existem psicopatas em diferentes níveis... Tem aqueles que você já viu na TV, que chegam a extremos de torturar ou tirar vida de outro. E existem os que jamais chegarão a matar mas, se alimentam ao exercer algum tipo de domínio sobre os outros, de seduzi-las para fins próprios, de manipulá-las para atender seus caprichos. Nas palavras de Ana Beatriz, em seu livro
“Por serem charmosos, eloquentes, "inteligentes", envolventes e sedutores, não costumam levantar a menor suspeita de quem realmente são.”
(...)
“E, exatamente por isso, permanecem por muito tempo ou até uma vida inteira sem serem descobertos ou diagnosticados.”
Este é o perfil público do psicopata. E somente testes complexos e profissionais treinados podem diagnosticar a psicopatia ou mesmo identificá-la.
Mas, para àqueles que acabam se tornando presas fáceis para esse tipo de perfil, o que aparece de verdade são (ainda citando o livro de Ana Beatriz)
... pessoas frias, insensíveis, manipuladoras, perversas, transgressoras de regras sociais, impiedosas, imorais, sem consciência e desprovidas de sentimento de compaixão, culpa ou remorso.”
Sim... eles não sentem culpa ou remorso. Eles pedem desculpas, fazem juras, dizem que vão mudar e retornam ao mesmo comportamento vez após vez. E a vítima, justamente por apresentar um perfil de fragilidade que atrai esse tipo de pessoa, fica presa em uma teia, em um círculo, incapaz de se libertar. Gera-se uma dependência psicológica, difícil de quebrar.
Saiba você que o psicopata escolhe muito bem suas vítimas...
Esses "predadores sociais" com aparência humana estão por aí, misturados conosco, incógnitos, infiltrados em todos os setores sociais. São homens, mulheres, de qualquer raça, credo ou nível social.” (livro de Ana Beatriz)
Não tenho a intensão de assustar você ou deixá-lo paranóico sobre o assunto. Mas, alertá-lo que, se estiver enfrentando graves problemas dentro de um relacionamento onde não consegue se libertar, talvez o problema não seja você. 
Perfis com grau de psicopatia exercem domínio e manipulam emocionalmente suas vítimas. Fazem chantagem, criam situações onde a vítima se sente culpada por não fazer o que o outro quer e mesmo, chegam a "insinuar" que vão partir para algum tipo de violência física... Mas, no instante seguinte, estão cheios de ternura e cuidados... Tudo para garantir a o domínio sobre a vítima.
Converse com amigos. Ouça atentamente a percepção deles. Junte com as suas e tome a melhor decisão para encontrar a paz e o equilíbrio.
Jamais se coloque em uma situação onde só você tem que agir, realizar, se desgastar, ceder, dedicar... Qualquer relacionamento, seja amoroso ou fraternal, precisa de empenho recíproco, de respeito e de dedicação de ambas as partes.
Não se coloque em nenhuma situação onde você sofra... Ocupe-se de ser feliz! Mas não fique eternamente insistindo onde já comprovou que não está a sua felicidade.

Do meu coração para o seu coração! <3

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Eu posso, quando quero...




É sempre bom poder voltar...

Final de ano é tempo de fechamento... Você pode achar que é clichê mas, saiba que “fechamentos” são de extrema necessidade e importância para a vida saudável de qualquer ser humano.
Nossa vida é feita de ciclos... Não importa em qual área, estamos sempre iniciando e fechando ciclos. É muito natural usar o tempo (através do calendário) para marcar fechamentos de ciclos visto que, o tempo, é constante na nossa vida.
Então, prepare-se para avaliar o ano que passou e projetar o que está por vir. Isso significa que você é um ser normal procurando manter a sua mente em estado saudável.
Daí poderá se perguntar: “Mas e se eu descobrir que meu saldo em 2013 não foi positivo? Como planejar o que há de vir?”
Entenda que, qualquer coisa na vida só se altera quando agimos para isso. E só se altera quando aquilo começa a nos incomodar verdadeiramente... Entenda que, quando não tem forças para alterar uma situação na sua vida é porque não está pronto e nem possui os recursos necessários para encaminhar as mudanças que precisa estabelecer. Sua mente ainda não encontrou motivos para modificar a realidade, logo, nada será alterado. Entenda que, quando reunir todas as condições e os recursos necessários, quando sua mente definitivamente estiver preparada, as mudanças virão.
Mas, o que faz com que eu não consiga mudar algo que, supostamente, desejo muito mudar?
Nossa mente trabalha com processos de gratificação, de ganho... A pergunta chave é “O que eu ganho com isso?”. Mas, a resposta a essa pergunta pode ser algo que preencha uma carência e obriga você a funcionar no sentido de preencher essa carência.
Um exemplo: se sou carente de atenção, não importa quão ruim seja uma situação, se ela me dá o que preciso, ficarei nela para receber atenção. Se tenho medo de ficar só, não importa o que tenha que aguentar, ficarei onde estou porque tenho medo de ser abandonada e ficar só. Se gosto de luxo e uma vida confortável, ficar sem ela pode ser terrível, logo, aguentarei o que for preciso para não perder tal situação. É isso!!! Temos que preencher nossos “vazios”, nossas “carências” ou, como se diz tecnicamente, nosso processo de “Gratificação Imediata”.
Aí pode surgir uma nova pergunta: “Então ficarei preso nisso para o resto da vida?”
Sim, poderá ficar nisso pelo resto da vida!
Não, poderá modificar isso na hora que desejar. É só uma decisão. Mas (sempre tem um mas...), para conseguir isso, terá que investir num processo de “cura” da sua necessidade, para, só então, seguir um novo caminho e começar um novo ciclo.
Essa ajuda tanto pode vir de um profissional quanto daquele bom amigo com quem você divide suas fragilidades e que lhe oferece feedback com amor e verdade. Saiba que, o simples processo de expor verbalmente e de forma sincera o que está lhe incomodando já é um processo terapêutico.
Mas não se iluda. Ninguém dará a você a coragem para agir. Ninguém tomará decisões por você. Ninguém resolverá sua vida por você.

Esse poder, só você tem!