Há
algum tempo atrás tive a infelicidade de conviver com uma pessoa que tinha um
perfil com grau de psicopatia... Creia, não desejo isso para ninguém!
Estava
eu a meio caminho dos estudos que tenho hoje sobre o comportamento humano e
possuía pouco conhecimento para identificar tais traços em alguém. Vocês podem
imaginar como me senti quando percebi que estava convivendo com um psicopata.
Desde
aquele tempo, mantenho uma leitura constante sobre o tema com fins exclusivos
de auto instrução, sem qualquer pretensão de uso profissional.
Dentre
minhas leituras, destaco os livros Mentes
Perigosas – O psicopata mora ao lado, de Ana Beatriz Barbosa Silva e Precisamos falar sobre o Kevin, de
Lionel Shriver. Ambos de leitura fácil, o primeiro tem uma abordagem técnica
enquanto que, o segundo, trata-se de uma metáfora sobre o assunto. (Recomendo a
leitura do livro antes de assistir ao filme).
Mas
deve estar se perguntado, por que estou abordando tal assunto... Peço que
continue a leitura....
Pois
bem, existem psicopatas em diferentes níveis... Tem aqueles que você já viu na
TV, que chegam a extremos de torturar ou tirar vida de outro. E existem os que jamais chegarão a matar mas, se alimentam ao exercer algum tipo de domínio sobre os outros, de seduzi-las
para fins próprios, de manipulá-las para atender seus caprichos. Nas palavras
de Ana Beatriz, em seu livro
“Por
serem charmosos, eloquentes, "inteligentes", envolventes e sedutores,
não costumam levantar a menor suspeita de quem realmente são.”
(...)
“E,
exatamente por isso, permanecem por muito tempo ou até uma vida inteira sem
serem descobertos ou diagnosticados.”
Este
é o perfil público do psicopata. E somente testes complexos e profissionais treinados
podem diagnosticar a psicopatia ou mesmo identificá-la.
Mas,
para àqueles que acabam se tornando presas fáceis para esse tipo de perfil, o
que aparece de verdade são (ainda citando o livro de Ana Beatriz)
“... pessoas frias, insensíveis, manipuladoras, perversas,
transgressoras de regras sociais, impiedosas, imorais, sem consciência e
desprovidas de sentimento de compaixão, culpa ou remorso.”
Sim...
eles não sentem culpa ou remorso. Eles pedem desculpas, fazem juras, dizem que
vão mudar e retornam ao mesmo comportamento vez após vez. E a vítima,
justamente por apresentar um perfil de fragilidade que atrai esse tipo de
pessoa, fica presa em uma teia, em um círculo, incapaz de se libertar. Gera-se
uma dependência psicológica, difícil de quebrar.
Saiba
você que o psicopata escolhe muito bem suas vítimas...
Esses
"predadores sociais" com aparência humana estão por aí, misturados
conosco, incógnitos, infiltrados em todos os setores sociais. São homens,
mulheres, de qualquer raça, credo ou nível social.” (livro de Ana Beatriz)
Não
tenho a intensão de assustar você ou deixá-lo paranóico sobre o assunto. Mas,
alertá-lo que, se estiver enfrentando graves problemas dentro de um
relacionamento onde não consegue se libertar, talvez o problema não seja você.
Perfis com grau de psicopatia exercem domínio e manipulam emocionalmente suas vítimas. Fazem chantagem, criam situações onde a vítima se sente culpada por não fazer o que o outro quer e mesmo, chegam a "insinuar" que vão partir para algum tipo de violência física... Mas, no instante seguinte, estão cheios de ternura e cuidados... Tudo para garantir a o domínio sobre a vítima.
Converse
com amigos. Ouça atentamente a percepção deles. Junte com as suas e tome a
melhor decisão para encontrar a paz e o equilíbrio.
Jamais
se coloque em uma situação onde só você tem que agir, realizar, se desgastar,
ceder, dedicar... Qualquer relacionamento, seja amoroso ou fraternal, precisa
de empenho recíproco, de respeito e de dedicação de ambas as partes.
Não
se coloque em nenhuma situação onde você sofra... Ocupe-se de ser feliz! Mas
não fique eternamente insistindo onde já comprovou que não está a sua
felicidade.
Do
meu coração para o seu coração! <3