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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O que fazer com os paradigmas?

Aprendi há algum tempo que a vida é feita de ciclos. Cada ciclo que abrimos em nossa vida, precisa ser fechado. E quando não fechamos, sempre fica algo a incomodar ou acabamos vítimas de algum “trauma” de vida que levamos muito tempo para resolver.
Pensar que a vida é feita de ciclos nos dá uma responsabilidade boa de nos comprometermos com nós mesmos em resolver todas as pendências da vida, tal qual fazemos com nossas dívidas. Às vezes, podemos pagá-las à vista. Outras, precisamos parcelá-las sem juros. Ou pior: parcelar com juros. Lembrou de algo? Pois é... É sobre isso que estou falando.
Muitas vezes, para que estes ciclos se completem precisamos abrir mão de algumas coisas, sejam elas materiais, emocionais ou intelectuais. Precisamos deixar que algo se vá. Acredite: é preciso coragem para deixar as coisas de nossas vidas irem embora.
Algumas serão relativamente mais fácies pois, já temos consciência de que precisamos nos livrar delas ou até desejamos nos livrar delas. Outras são mais complexas.
Conheço pessoas que chegaram a conclusão que precisam se livrar de alguns paradigmas para seguir na direção que querem. Algumas crenças que possuem estão atrapalhando o alcance de seus planos.
Paradigmas são crenças a respeito de algo.... É preciso que se esclareça que tais paradigmas não são bons, nem ruins. Eles são apenas necessários em algum contexto. Quando não são mais necessários, criamos novos e abandonamos aqueles que não servem mais.
Outro ponto de esclarecimento: se traçou planos em uma direção determinada, talvez tenha que abrir mão de paradigmas que são úteis hoje mas, não serão para os seus planos futuros. Essa consciência (de que precisa livrar-se AGORA) pode causar incômodos e, até mesmo, gerar dúvidas. Como livrar-se delas? A resposta está no futuro. Não se pode elaborar metas sem olhar, se colocar fisicamente (através das emoções) no futuro que se almeja. É lá que está o que você deseja. Vá até seu futuro, construindo mentalmente o que deseja. Construa o que irá ver, sentir e ouvir quando conseguir conquistar o que deseja. Então,  descubra quais as crenças que abriu mão para conseguir chegar até este futuro. Volte ao presente com esse conhecimento e perceberá quão mais fácil ficará abrir mão de algumas certezas que não vão ajudá-lo em nada.
Paradigmas podem aprisioná-lo, podem pesar durante o caminho, podem paralisá-lo. Mas, também podem libertá-lo, dar-lhe asas para ir mais rápido e podem aproximá-lo de tudo que deseja. Só depende de como você utiliza tais paradigmas para aproximá-lo ou afastá-lo de seus planos.
Uma dica: tudo que for fazer em sua vida (tudo mesmo), deve fazer com alegria, sendo feliz durante TODO o tempo. A felicidade não é o fim, é o caminho.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Sobre DAR e RECEBER feedback

Uma das grandes lições que aprendi na vida, recebi de um facilitador, e hoje coach, chamado Paulo Valery. Sua paixão pelo trabalho que realiza me inspira até hoje. Disse-me ele: “os outros são espelho”. Aprendi que vemos nos outros aquilo que temos em nós. Do contrário, como reconheceríamos os rótulos que colocamos nos outros? Logo, o que gosto em mim reconheço e me aproximo de tão agradável pessoa. Mas o que não gosto em mim (luto arduamente, dia-a-dia, para combater), reconheço no outro e me afasto. Lição pesada, não?! Não aceitei, naquela época, considerar para minha sabedoria, essa proposta tão ousada. Rejeitei-a, sumariamente.
Mas você pode deduzir que a experiência (que se conta através dos anos) e a ampliação de conhecimentos (natural em todos nós) acabaram por me fazer considerar e depois aceitar essa perspectiva: “os outros são espelho”.
Entenda que nós temos uma percepção a cerca de nós mesmo que é válida e verdadeira. Temos consciência do que somos, do que podemos e do queremos. Estas dimensões estão localizadas na nossa IDENTIDADE e nas nossas CRENÇAS. Nossa identidade é o que somos de verdade, nossa essência e todas as nossas certezas do ser humano que nos tornamos. Nossas crenças são os orientadores dos nossos comportamentos, nosso sistema de permissão. Elas orientam o que fazemos ou deixamos de fazer. Orientam nossas escolhas.
Essa é a parte que conhecemos de nós mesmos.
O que os outros conhecem de nós está localizado no plano do COMPORTAMENTO. Nossos comportamentos (que foram permitidos por nossas crenças e orientados por nossa identidade), são analisados pelos outros dentro do contexto em que estamos inseridos, ou seja, o AMBIENTE.
A partir daí, forma-se a percepção do outro a cerca de nós. Essa percepção do outro é construída a partir da identidade e das crenças DELE. Aí dá-se o impasse. Outra pessoa, com base em outras crenças e com sua identidade particular e única, nos olha, nos percebe, nos recebe em seu campo perceptivo e nos analisa de acordo com seu universo de conhecimentos a cerca do mundo. Como pode dar certo?
Não dá.
Normalmente o que se vê são pessoas com dificuldades de ouvir as outras. Ou de ouvir, como se chama do ponto de vista técnico, feedback. O feedback é a percepção que o outro tem a cerca da forma como nos comportamos. Entenda que o outro não está falando da sua identidade, do que você É. Ele está falando do seu comportamento, de como você ESTÁ. O que É não se muda. O que ESTÁ pode ser mudado.
Ao receber feedback, ou se preferir, ao receber uma opinião ou crítica, (escolha a nomenclatura que mais lhe agrada mas, é tudo a mesma coisa) está recebendo uma possibilidade de ampliar sua percepção a cerca do fato que estão lhe relatando. Todo comportamento é movido e está de acordo com o ambiente em que nos inserimos e com a permissão que recebemos do nosso sistema de crenças. Ao ouvir o outro, posso ser levado a ponderar sobre o meu comportamento naquele momento e naquele cenário. Acredite, podemos crescer com isto!!! É só ouvir, pensar a respeito e utilizar as conclusões para seu crescimento. Se chegar a conclusão que não lhe serve o que o outro lhe disse, jogue fora. Não carregue peso desnecessário. Mas, saiba que suas possibilidades de crescimento estão a um ser humano de distância.

P.S. recomendo a leitura do texto sobre a Janela de Johari, postado neste blog no mês de maio

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A beleza do funcinamento dos GRUPOS!


Trabalhar com grupos tornou-se uma paixão na minha vida desde que concluí a formação em Dinâmica dos Grupos pela Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos. Aqui, cabe um esclarecimento: é dinâmica DOS grupos, e não, dinâmica DE grupos.
A dinâmica de grupo é uma estratégia, um meio, um instrumento, aplicado e utilizado para dar aos participantes uma oportunidade de perceber comportamentos, dentro de um determinado contexto (dado pela dinâmica). Tem tempo, objetivo, regras e metodologia correta para sua aplicação.
A dinâmica dos grupos é o estudo sobre o funcionamento e movimentação do grupo. É refinar a percepção para perceber movimentos e conceber hipóteses que possam ajudar o grupo a entender e aproveitar de modo mais eficiente suas potencialidades em função do objetivo que os une.
Em ambos os casos, recomendo que aqueles que pretendem enveredar por este universo, façam cursos preparatórios, leiam, se informem, se exercitem.  
Tenho minha leitura e minha prática, no que diz respeito à dinâmica dos grupos, orientadas pelo trabalho de Kurt Lewin. De todos os teóricos que estudei, Lewin me encantou e me seduziu de tal forma que, mesmo tendo lido muito sobre suas teorias (ele escreveu pouco, seus seguidores é que escreveram sobre suas teorias), ainda me impressiono a cada nova leitura. E por culpa de Mauro, meu mestre, virei rato de sebo apenas para poder ler as publicações originais a cerca das teorias desenvolvidas por Kurt Lewin.
Os grupos têm movimentos próprios, fazem suas próprias regras subjetivas (as objetivas são fáceis de perceber), elege como líder aquele que melhor servirá a seus propósitos (propósitos do grupo, ressalte-se!) e tem dentro de si a solução para seus próprios problemas ou a força necessária para gerar as soluções.
Entenda que movimento subjetivo de grupo são as movimentações não verbalizadas, não acordadas pelos membros. Não pense que houve uma reunião onde se acordou uma ação ou omissão. E mesmo se houvesse tal reunião, haveria ali, além do assunto exposto, muitas outras questões subjetivas sendo resolvidas ou iniciadas. É fantástico!!!
O que cabe então ao profissional que trabalha com grupos? Reunir conhecimentos sobre o funcionamento de grupos e exercitar sua sensibilidade para observar tal funcionamento e propor as melhores hipóteses para que o grupo possa trabalhar.
Notou a palavra hipótese? Pois é! Você terá que abrir mão da sua necessidade de CONTROLE sobre o grupo. Isso não existe em grupos, não no que concerne ao seu papel como prestador de serviços ao grupo. Entenda: o grupo funcionará independente de você, a favor de você ou, até mesmo contra você. Mas funcionará SOZINHO. Meu mestre Mauro dizia uma frase perturbadora: “o grupo pode, também, ser cruel”.
Trabalhar com grupos exige que você exercite posições perceptivas (cibernética de primeira e de segunda ordem – Teoria Sistêmica, não PNL), exige que você não tenha respostas (o grupo as têm) e que você saiba que O MÁXIMO que pode fazer é FACILITAR ao grupo formas para que ele gere tais soluções.
Compreendendo o funcionamento do grupo, poderá ter melhores condições de oferecer instrumentos que possam ser úteis dentro de um determinado contexto (do grupo) e possa contribuir para, de fato, ajudar (o grupo).
E o papel do líder? poderá perguntar... Ah! O papel do líder é e-xa-ta-men-te este: facilitar o funcionamento do grupo. E você já viu inúmeras vezes na sua vida, o que acontece quando o líder não cumpre este papel, não é mesmo? O grupo acaba colocando o tal líder no seu “devido” lugar...

P.S. recomendo a leitura do tema sobre Liderança, postado neste blog nos meses de janeiro e abril

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Profissionais de solução

Perdoe a pobreza intelectual da lembrança mas, há uma cena de um filme chamado Cobra, estrelado por Silvester Stallone que nunca me saiu da cabeça pelo impacto das palavras: ela trava uma brevíssima conversa com um bandido e fecha com o seguinte mote: “você é uma doença e eu sou a cura”.
Era assim que o personagem de Stallone entendia sua missão: havia um problema e seu papel era solucioná-lo.
Acredito que este também seja o papel de todo profissional em sua área de atuação: ser a solução, ter a solução ou, pelo menos saber buscar a solução.
Muitos profissionais perdem um tempo precioso focados no problema, ao contrário de focar na solução do problema. Intermináveis conversas e reuniões improdutivas onde se fala amplamente no problema e bem pouco tempo se dedica a responder a simples pergunta: “sim! O que precisa ser feito?” Na verdade isso acontece por dois motivos. Primeiro, porque fomos criados dentro de uma cultura herdeira de um pensamento medieval onde, sofrer pode nos levar ao reino dos céus, logo, é bom sofrer, é apropriado sofrer pois, isso nos aproxima do divino. E como ter problemas significa sofrer, vamos ficar por aqui mais um pouco para garantir o lugar no paraíso. O segundo, porque muitos profissionais não têm uma solução prática para o problema que está diante de si, não tem domínio sobre seu conhecimento no sentido da aplicabilidade e da praticidade do mesmo.
Para testar esta hipótese, basta lembrar-se de quantos professores na sua vida escolar foram capazes de lhe informar onde e quando usaria o conhecimento que estava adquirindo naquela aula. Ele até poderia saber mas, não julgou importante lhe informar. E nossa formação ficou com estas lacunas que levamos para o exercício das profissões que escolhemos.
Bons profissionais geram solução, fazem parte da solução. Oriente suas formações para a busca de conhecimentos que vão ajudá-lo a gerar soluções na sua área de atuação. Acredite! Você vai economizar muito dinheiro e tempo. Sem falar da sua saúde física e mental, visto que, poupará muitos aborrecimentos.
E procure ampliar seu conceito de criatividade, no que diz respeito a gerar soluções. Ser criativo não é construir/propor/elaborar algo a partir de uma série de recursos disponíveis. Ser criativo é conseguir gerar uma solução com o mínimo de recursos (ou vai me dizer que você não lembra do Mcgyver?). Escuto constantemente profissionais me falarem que não conseguem produzir o que se espera deles por não possuírem as condições ideais de trabalho. Realmente!!! Em condições ideais qualquer pessoa é capaz de produzir. Mas só os realmente bons, ou diria, excelentes, conseguem produzir a partir do mínimo de recursos.
A busca da excelência deve ser uma meta de todo profissional. Lembrando que posso ser excelente mas, preciso ser PERCEBIDO como excelente. E não se preocupe! Por mais que você seja vítima dos “encantadores de serpente”, aqueles que fingem ser competentes, em algum momento, cai o pano, e farsa é desbaratada. Afinal, os bons sempre vencem! Ou não!!!???
E quanto a seu lugar no céu, não se preocupe. Isso também me afligia. Fui dar uma olhada lá na Bíblia e descobri que “cada homem será julgado segundo as suas obras” (Mateus 16:27).

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Currículo x competências


Antes de começar a escrever pensei em uns 10 “causos” para contar que ilustrariam muito bem o que pretendo lhe apresentar como eixos para construir alguns pensamentos... Mas, aprendi durante esta vida que a experiência de uma pessoa só serve para ela mesma. Logo, prefiro apresentar algumas ideias que, talvez, possam ser úteis para o crescimento profissional.
Desde cedo, quando se busca a inserção no mercado de trabalho, uma das grandes preocupações é a formatação de um currículo que possa tonar competitivo o candidato a trabalhador. O currículo é a carta de apresentação do candidato para a empresa, sua primeira “conversa” com quem irá contratá-lo.
Preparar um currículo gera muitas dúvidas, principalmente porque não se sabe se, quem vai pegá-lo, tem a preparação e, mais importante, está atualizado com os formatos de currículo que hoje se utiliza.
Também gera insegurança pois, às vezes o currículo ainda anda meio “mirrado” pela inexperiência ou, já tem experiência demais e não vai dar para você pegar o emprego porque “é bom demais para a função”.
De qualquer forma, aprendi uma coisa ao longo dos anos: “quem vê currículo não vê competência”, definitivamente. O papel, a frieza das letras, jamais vai refletir as competências, capacidades e habilidades que o profissional nominado no cabeçalho tem. Já vi imensos currículos de gente que mal sabe usar o que “diz que sabe”. Pelo escrito, o dono do currículo merece trabalhar na NASA. Pela presença, não trabalhava nem na feira... (que é um lugar super difícil de se trabalhar, diga-se de passagem!). Assim como já peguei currículos “mirradinhos” de gente que dava baile nas possibilidades de aprender e desenvolver novas competências...
Como quase tudo que busco escrever aqui, essas ideias saíram de uma conversa com uma pessoa querida. Vivia ela a dúvida de saber se aquele currículo demonstraria toda a sua vontade de ganhar o emprego ao qual se candidatava.
A notícia ruim é que, de fato, o currículo nunca conseguirá transmitir suas competências. A notícia boa é que já existem formatos que se aproximam do ideal no sentido de transmitir melhores informações sobre a competência profissional.
Outro aspecto que surgiu daquela conversa, é que, às vezes, temos conhecimentos que não conseguimos comprovar. Sabemos, tão somente. Aprendemos na vida, nas leituras, nas experiências, nos “batendo” e “debatendo”, olhando os outros fazerem... E não tem nem um papelzinho que possa provar que você sabe fazer aquilo e, muitas vezes, faz bem, faz excelente!!! E agora José? (grande Drumond!).
A necessidade de comprovar suas habilidades e competências dependerá da área em que você está buscando oportunidades. Saiba que algumas áreas, como a de educação (ou de qualquer mecanismo que trate de educação formal), TUDO precisa ser comprovado. Em outras, terá a benesse de comprovar o que sabe na prática, no fazer, na “labuta”. Aí sim! Separa-se o “joio do trigo” e vamos para outro nível de discussão: quanto do seu conhecimento adquirido você consegue transformar em solução na sua área de atuação? Somente dessa forma o papel da comprovação vale ir para a parede.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Treinar, agora, é preciso


Quem trabalha com treinamento e desenvolvimento humano pode comemorar... Decisão recente do Superior Tribunal Federal a cerca do artigo 7º, inciso XXI da Constituição Federal permite visualizar uma luz no fim do túnel para quem trabalha na área.
Por que?
Bem, vamos começar por saber do quê, especificamente, trata o tal inciso. Textualmente:
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
Entendeu o STF que o valor devido de aviso prévio ao empregado deve ser proporcional ao período em que ele passou trabalhando na empresa, como diz a lei. Hoje é pago apenas o mínimo estabelecido na lei, ou seja, um mês de salário. O STF entende que isso deve mudar e vai normatizar (embora não seja seu papel legislar) para que o empregado passe a receber como pagamento de aviso prévio montante proporcional ao tempo em que trabalhou na empresa.
Mas o que isso tem a ver com quem trabalha com treinamento?
Pode representar uma “baita” oportunidade para que as empresas invistam no desenvolvimento de seus funcionários, no aperfeiçoamento do seu potencial, ao contrário de simplesmente mandá-los embora a um custo que pagaria o treinamento para toda uma equipe.
Note que foi usada, no início do parágrafo anterior a palavra “pode”. Ou seja, o que trata este artigo é apenas uma das muitas consequências que o novo entendimento da lei pode trazer e do que pode se tornar uma oportunidade para os profissionais de treinamento. É mais barato treinar uma equipe do que mandar um único empregado embora. Acredite! A rescisão de um empregado com 1 ano de empresa, paga o treinamento de uma equipe de 30 pessoas.
Para as Micro e Pequenas Empresas isso pode representar uma grande diferença dentro de um mercado cada vez mais competitivo.
Treinar pessoas é dar a elas a oportunidade de desenvolver-se no ambiente da empresa, inclusive no que diz respeito à adaptação à realidade que o cerca. Isso inclui normas, procedimentos e postura adequados a cada profissão. A escola não prepara o indivíduo para as questões mais básicas do ambiente de trabalho. Fato é que, frequentemente, você vê telejornais falando da falta de qualificação para o mercado de trabalho.
Outro entendimento pode ser mais trágico, e não menos possível, e me foi dado pelo amigo Thiago Balieiro: o do aumento da informalidade na contratação de funcionários. A consequência disso? Terrível! Veremos cada vez mais atendimentos sofríveis, posturas inadequadas e processos equivocados que atrasam seu pedido, sua compra ou o serviço que marcaram de entregar hoje e não ficou pronto.
Pergunte em qualquer lugar onde recebe um bom atendimento se naquela empresa não há um plano de capacitação sendo executado ou se as reuniões feitas pelo chefe não tem um tom didático, ao contrário de cobranças e ameaças.
Treinar é preciso... Não existe excelência sem treino e muito aprendizado. Não existe maestria sem dedicação de tempo e esforço na repetição de processos, bem como sua constante análise para desenvolver novas formas de melhorá-lo.
Instrutores comemorai....!!! Pode (olha o pode de novo) estar nascendo um novo tempo na mentalidade dos nossos empresários... Ou como diria Caetano: ou não!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Motivos para a ação

Com a banalização da auto ajuda através de alguns (só alguns) livros sem conteúdo, muitas pessoas ficaram avessas à esta questão. Para piorar, na nossa educação ocidental, seja ela familiar ou formal, não consta esse “conteúdo”. Daí, o que vemos são pessoas que vivem altos e baixos emocionais, sem competências para lidar com as adversidades, com dificuldades de aceitar feedback  e sem uma crença fortalecida a respeito da própria força que possui.
Todas estas questões resolvidas (ou pelos menos a meio caminho), indicam uma auto estima elevada. Indicam que seus fatores de motivação estão equilibrados e que você está pronto para o que der e vier (ou para quem vier e der para você!!!).
Mas, como manter a motivação, como se auto ajudar?
Primeiro, vamos entender que auto ajuda é um processo encabeçado por VOCÊ e somente por VOCÊ. É impossível que alguém faça isso por você. Logo, não dá para te motivar....
Pessoas motivadas são pessoas que tem, sempre, UM OBJETIVO.
Pessoas que sofrem de autos e baixos emocionais carecem de objetivos. Inclua nesta lista as pessoas que estão sempre desanimadas.
Mas, é preciso entender que este tal “objetivo” tem que ser seu, somente seu, todinho seu. Jamais, never, nunca, pode ser ou depender de outra pessoa. Precisa fazer parte de você e trazer ganhos para você. Estes ganhos podem ser materiais ou espirituais, mas precisam ser seus.
Quando precisar encontrar forças para fazer algo, pense em quais motivos tem para executar tal tarefa e onde esta tarefa irá levá-lo (este deve ser seu objetivo).
Siga este exercício: vá para um local tranquilo onde possa ficar uns 5 minutos sozinho. Feche seus olhos. Respire fundo 3 vezes. Tente imaginar-se em pé, há alguns metros de distância observando você sentado ali. Observe de seu lugar distante como aquela pessoa está se sentindo, como está respirando, como está seu semblante. Lembre-se, você separou-se dela. Você é apenas um observador. Após fazer essa observação (lá de onde a observa), comece a pensar sobre o quê aquela pessoa que está lá sentada precisa. Quais as habilidades e competências emocionais que aquela pessoa precisa neste momento para continuar? Depois de elencar todas elas, respire fundo e se imagine indo na direção daquela pessoa lá sentada levando para ela todas estas competências. Vá andando lentamente sem tirar os olhos dela. Agora assuma a posição sentada com todas as competências que você definiu e, novamente, respire profundamente 3 vezes.
Este exercício pode ajudá-lo a resolver paliativamente situações em que precise de forças: antes de uma prova, para levantar-se para ir ao trabalho, antes de uma apresentação em público. Com o passar do tempo, perceberá que consegue realizá-lo mesmo no meio de pessoas e barulho, apenas com sua capacidade de concentração. No início, é bom ficar em local tranquilo.
Mas, a raiz de toda a sua motivação são seus objetivos a curto, médio e longo prazo. Cada dia que você se levanta e cada ação que você empreende, podem aproximá-lo ou afastá-lo de seus objetivos. Basta saber quanto de energia você está disposto a desperdiçar com coisas que não estão diretamente ligadas a eles.
Pense nisso: suas energias estão canalizadas para seus objetivos de vida???

terça-feira, 21 de junho de 2011

O que motiva um profissional?

O que move um profissional? Ou utilizando a linguagem da moda: o que motiva um profissional? Ou qualquer pessoa?
Primeiro, é preciso nivelar um entendimento. A motivação é igual documento: pessoal e intransferível. É um processo interno, intrapessoal. Acontece de forma particular a cada indivíduo. Não podemos achar que o mesmo estímulo pode motivar da mesma forma um grupo de pessoas. Haverá mesmo aqueles para quem o estímulo não fará a menor diferença.
Já me deparei com profissionais que ganham muito, desmotivados. E com outros que ganham pouco, igualmente desmotivados. Então não é dinheiro.
Já me deparei com profissionais que tem ambiente adequado, liderança preparada e saúde mental e física perfeita, desmotivados. Bem como, já encontrei outros que trabalhavam em ambiente horrível, com aquele chefe que ninguém merece, sofrendo assédio moral, mas igualmente desmotivados. Então, o que será, meu Deus, que motiva esse povo?
Pois é...
Você que pretende melhorar seu entendimento sobre o ser humano, comece por entender isso: é preciso dedicar tempo e atenção para “estudar” o comportamento, ouvir o que o outro tem a dizer, conhecê-lo em seu universo de percepções para, a partir daí, contribuir com estímulos que podem promover um processo de motivação.
É! Dá trabalho...
A empresa precisa construir uma proposta de trabalho diversificada e que englobe todos os aspectos ligados ao elemento humano. Das regras relacionadas ao uniforme, passando pelo salário, até a forma como o colaborador é chamado à atenção ou elogiado, devem fazer parte do planejamento aplicado ao RH, Gestão de Pessoas, Gestão com Pessoas. (não importa a semântica, se o resultado for alcançado)
Nas empresas divulgadas como as melhores para se trabalhar existe um planejamento estratégico voltado especificamente para o colaborador. Há um grupo de pessoas que se dedica exclusivamente a construir um ambiente adequado para que as 8 ou mais horas que este colaborador passa na empresa sejam as mais prazerosas possível para ele, para que seja o mais produtivo possível para a empresa.
É! Além do lado romântico, há o lado prático disso tudo: ser produtivo para a empresa. Pessoas precisam de atenção e cuidado. Veja a Experiência de Hawtorne, feita em 1927! Há quase 100 anos atrás foi descoberto que o ser humano quando sabe que está sendo observado produz mais. E não se trata de vigilância, mas de atenção. A experiência de Hawotrne demonstrou isso. E mesmo diante das provas que as ciências aplicadas ao conhecimento humano apresentam, ainda existem empresas que não levam o assunto a sério. E pensam que uma simples palestra, um curso realizado uma vez por ano, um aumento obrigatório no salário diante da data base, podem promover o complexo processo de motivação necessário ao bom funcionamento do corpo e da mente humana.
Empresas que desejam menos dor de cabeça com seus colaboradores e que os queiram mais produtivos, precisam investir na formatação de um planejamento voltado para tal. É preciso acordar para a importância das pessoas e para tudo que elas podem ser se forem bem cuidadas.
Quanto a auto motivação, aquela que podemos fazer por nós mesmos, eu trato no próximo artigo...