A liderança é um tema que me seduz há
muito tempo. Tive o privilégio de ter perto de mim, durante a minha formação,
grandes líderes... Pessoas que me deram um modelo muito forte de firmeza mas,
também, de muito amor e disciplina.
Mas, o quê faz de uma pessoa um líder?
O conceito que mais gosto é o que segue:
“Liderança
é a capacidade de influenciar pessoas”
(grifo meu)
A liderança é um fenômeno de grupo. O
que isso significa? Que será o grupo que vai escolher seu líder, independente
daquele que foi “nomeado” para exercer a função. Tal afirmação requer que
consideremos o que significa PODER e AUTORIDADE num contexto de liderança.
O PODER refere-se ao cargo de
liderança. O cargo dá a quem o ocupa o poder sobre o grupo, sobre os processos
e sobre as decisões.
A AUTORIDADE refere-se ao respeito e o
reconhecimento do grupo em relação àquele que o grupo elege como seu líder.
Pode estar se perguntando: então, é
possível ter alguém no cargo de líder mas, este não ser o líder que o grupo
segue? Perfeitamente possível e, na maioria das vezes, é isto que acontece. Em
outra hipótese, o grupo pode, até mesmo, eleger um líder para, simplesmente, se
contrapor ao líder do cargo. Essa é a parte do grupo que pode ser, inclusive,
cruel. (nas palavras de meu mestre Mauro Nogueira)
Mas, porque falar de liderança neste
momento? E de novo? Já que este assunto já foi tratado aqui? Você que sempre me
acompanha neste Blog, já sabe que aqui escrevo das coisas que observo,
experimento e me sensibilizam de alguma forma.
Eu, como todas as pessoas, estou
inserida em grupos que tem líderes. E dentro dos contextos em que estou
inserida tenho a percepção que nem todos estão preparados para liderar grupo
ou, até mesmo, processos. É!!! Existe uma imensa diferença entre liderar
pessoas e liderar processos. Não há processo eficiente sem que as pessoas
estejam dispostas e motivadas para executá-lo.
Daí a minha preferência por pensar na
liderança como influência. Ser capaz
de influenciar pessoas é ser capaz de conquistá-las, seduzi-las, movê-las, convencê-las
e inspirar-lhes confiança suficiente para guiá-las em uma determinada direção.
Para conseguir tal proeza é preciso
dedicar tempo a conhecer as pessoas e identificar a forma como elas se
relacionam consigo mesmas, entre si e com o objetivo a ser alcançado. Dedicar
tempo para estudar o ambiente em que estas pessoas estão inseridas e como este
ambiente afeta a convivência e a produtividade destas pessoas. Logo, um líder
precisa, antes de mais nada, dedicar-se à sua equipe.
No livro O monge e o executivo, uma metáfora um pouco morosa sobre a
liderança (leia!), propõe uma visão muito interessante sobre o exercício da
liderança: o líder precisa estar A SERVIÇO da sua equipe. A equipe precisa
sentir que este líder se importa e que está ali para servir à equipe, e não o
contrário. Um bom líder resolve os problemas da equipe, está de prontidão para
não permitir que nenhum obstáculo esteja entre sua equipe e o objetivo a ser
alcançado. Em resumo, o papel do líder é vigiar para que sua equipe trabalhe em
paz.