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terça-feira, 28 de agosto de 2012

O Líder que eu preciso


A liderança é um tema que me seduz há muito tempo. Tive o privilégio de ter perto de mim, durante a minha formação, grandes líderes... Pessoas que me deram um modelo muito forte de firmeza mas, também, de muito amor e disciplina.
Mas, o quê faz de uma pessoa um líder? O conceito que mais gosto é o que segue:

“Liderança é a capacidade de influenciar pessoas” (grifo meu)

A liderança é um fenômeno de grupo. O que isso significa? Que será o grupo que vai escolher seu líder, independente daquele que foi “nomeado” para exercer a função. Tal afirmação requer que consideremos o que significa PODER e AUTORIDADE num contexto de liderança.
O PODER refere-se ao cargo de liderança. O cargo dá a quem o ocupa o poder sobre o grupo, sobre os processos e sobre as decisões.
A AUTORIDADE refere-se ao respeito e o reconhecimento do grupo em relação àquele que o grupo elege como seu líder.
Pode estar se perguntando: então, é possível ter alguém no cargo de líder mas, este não ser o líder que o grupo segue? Perfeitamente possível e, na maioria das vezes, é isto que acontece. Em outra hipótese, o grupo pode, até mesmo, eleger um líder para, simplesmente, se contrapor ao líder do cargo. Essa é a parte do grupo que pode ser, inclusive, cruel. (nas palavras de meu mestre Mauro Nogueira)
Mas, porque falar de liderança neste momento? E de novo? Já que este assunto já foi tratado aqui? Você que sempre me acompanha neste Blog, já sabe que aqui escrevo das coisas que observo, experimento e me sensibilizam de alguma forma.
Eu, como todas as pessoas, estou inserida em grupos que tem líderes. E dentro dos contextos em que estou inserida tenho a percepção que nem todos estão preparados para liderar grupo ou, até mesmo, processos. É!!! Existe uma imensa diferença entre liderar pessoas e liderar processos. Não há processo eficiente sem que as pessoas estejam dispostas e motivadas para executá-lo.
Daí a minha preferência por pensar na liderança como influência. Ser capaz de influenciar pessoas é ser capaz de conquistá-las, seduzi-las, movê-las, convencê-las e inspirar-lhes confiança suficiente para guiá-las em uma determinada direção.
Para conseguir tal proeza é preciso dedicar tempo a conhecer as pessoas e identificar a forma como elas se relacionam consigo mesmas, entre si e com o objetivo a ser alcançado. Dedicar tempo para estudar o ambiente em que estas pessoas estão inseridas e como este ambiente afeta a convivência e a produtividade destas pessoas. Logo, um líder precisa, antes de mais nada, dedicar-se à sua equipe.
No livro O monge e o executivo, uma metáfora um pouco morosa sobre a liderança (leia!), propõe uma visão muito interessante sobre o exercício da liderança: o líder precisa estar A SERVIÇO da sua equipe. A equipe precisa sentir que este líder se importa e que está ali para servir à equipe, e não o contrário. Um bom líder resolve os problemas da equipe, está de prontidão para não permitir que nenhum obstáculo esteja entre sua equipe e o objetivo a ser alcançado. Em resumo, o papel do líder é vigiar para que sua equipe trabalhe em paz.

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