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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

2016 - uma nova moda vai começar!


E eis que terminou o ano da #bad, do #rec, do #soquenao, do #naosouobrigado, do #passalogo para cada mês do ano, do #gentefeliz de manhã ou na segunda, incomoda...

Ainda bem que tá acabando essa moda!

E vamos torcer para que a moda que a substitua seja a do #happy, do #boratrabalhar, do #soquesim, do #voufazer, do #carpediem, do #gentemuitofeliz todo dia...

Tem-se gastado muito esforço e até uma certa dedicação em cultivar pensamentos  negativos e expô-los via redes sociais. Estar alegre e ser feliz começou a incomodar e até mesmo a ser motivo de críticas. Há uma onda doentia (sim, a tristeza e tudo que a acompanha é um tipo de patologia) em dedicar-se a achar mais coisas negativas que positivas nas rotinas e nos acontecimentos do dia-a-dia.
O que há de errado com isso?
Pensamentos influenciam comportamentos. Somos fruto do que pensamos e passamos a agir de acordo. Quando passamos a evidenciar mais os aspectos negativos, tendemos a nos comportar da mesma forma e a consequência disso é que as coisas passem a não dar certo mesmo.
Não se trata apenas de cultivar pensamentos positivos (isso sozinho não vai gerar muita coisa), mas que esses pensamentos possam influenciar comportamentos de pró atividade, de empreendedorismo, de efetividade, de planejamento, de visão sistêmica, de criatividade...
“Você é o que você faz repetidamente”.
Tome cuidado para não investir seu tempo nos fracassos, ou pior, nos mesmos fracassos.
Somos fruto de uma cultura que não promove a meritocracia, não premia quem se destaca e não valoriza quem chegou mais longe.
Temos uma tendência ao “coitadismo”, ao “jeitinho”... Gostamos mais da euforia do que do esforço, aprendemos que só o final é feliz e que, por Deus ser brasileiro, somos um povo naturalmente abençoado.
Não duvide que Deus nos queira muito bem mas, imagino que ele torça para que nos esforcemos um pouco mais em nome dos nossos desejos.
Não quero aqui lhe dizer o que deve fazer em 2016. Acredito que cada pessoa pode desenhar para si exatamente o que deseja, que as pessoas são capazes de fazer as melhores escolhas para elas naquele momento de suas vidas e que elas são fortes o suficiente para viver com as consequências de suas escolhas.
Mas quero desejar que 2016 seja um ano em que VOCÊ seja muito, mas muito bom para com você mesmo. 

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Eu, caçador de mim...


“Somos, ao mesmo tempo, presa e predador de nós mesmos” (Lirian, Franca/SP)

Eu tenho uma paixão imensa por aprender. Eu não canso de aprender.
Existem duas formas de aprender: pela pesquisa, pela busca através da coisa concreta, escrita, experienciada, referenciada, absorvida através dos sentidos. E aprende-se da interação com o outro. E como se aprende!
A frase acima eu ouvi durante um treinamento dado na cidade de Franca. Foi a Lirian que verbalizou essa frase a partir de uma análise que ela fez da música “Caçador de Mim”, de Milton Nascimento.
Nem sonho em ter a pretensão de analisar a música aqui: ela é perfeita, basta-se e qualquer pessoa que a escute pode senti-la, absorvê-la, processá-la.
Quero ficar nessa frase aí mesmo. Que me tocou profundamente ao ouvi-la. Não resisti e pedi autorização à Lirian para escrever sobre ela. E ela me deu!
A busca de melhoria constante é uma inquietação que move algumas pessoas. Não que elas não estejam satisfeitas com o que são. Longe disso!
Trata-se de duas certezas que passo a definir como as concebo ao longo da minha experiência de vida:
1)    Não vir ao mundo ao passeio: algumas pessoas querem realizar algo, querem que suas vidas reflitam conquistas, tenham significado, alcance maiores dimensões, querem deixar um legado, querem ter do que se orgulhar.
2)    Saber que podem ser melhor do que são: poder mais, ir mais longe, desejar mais, ampliar horizontes, aperfeiçoar habilidades, ganhar competências. Movidas por um “incômodo” constante, buscam novas possibilidades desafiando suas próprias limitações.
Diante disso, me encontrei na frase que inspirou esse texto: ser presa e predador de si mesmo, numa busca constante de aperfeiçoamento. Nada de se comparar com outro, nada de competir com outro, nada de “medir” a atuação a partir de uma medida pré-estabelecida...
E sim, traçar uma linha reta tomando por base a si mesmo, a superação de si mesmo e o aperfeiçoamento de si mesmo a partir de um processo de auto desafio constante.
Essas pessoas não precisam de “tapinhas nas costas”, não precisam “aparecer na foto”, não precisam “gravar seu nome na história”, não precisam de agradecimentos ou recompensas. Seu parâmetro, sua medida, sua referência são elas mesmas. Elas estão constantemente “caçando a si mesmas” num loop infinito em busca de uma satisfação pessoal que permanece com elas após fechar a porta do quarto...
Sim! Você aí que pensou em satisfação, em alegria, em paz, em sorriso no canto dos lábios... É! Você mesmo... Você entendeu direitinho!
Você está no caminho certo!

Boa caça!!!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

É preciso mais amor e mais ação

“Se gosta de mim ou se me ama, favor mostrar: em ação, em gestos concretos; já passei da idade para acreditar em teorias sobre o amor. Anotado?”
(Frase de Raimundo Vales - @raimundo_vales - em sua conta no microblog Twitter)

 As gerações recentes conquistaram uma grande vantagem sobre as gerações passadas, que hoje se encontram na “meia idade”: não lhes foram apresentados com tanta veemência os contos de fadas e suas ideias de finais felizes.
Sim! Essas crianças que hoje estão se jogando ao hedonismo foram salvas da ideia patética e auto destrutiva de achar que precisamos primeiro sofrer para depois (lá no final) sermos felizes.
O amor inspira urgência. Inspira “desejo, necessidade, vontade” (como diria qualquer Titã). Inspira o aqui e agora para ser vivido. Quem em sã consciência pode querer esperar para amar e ser amado?
A vida é bela (curta!). É preciso urgência para viver.
E nossos bons e velhos contos de fadas deixaram uma moça crescer numa torre, a outra dormindo por 100 anos, a outra também dormindo sabe-se lá Deus por quanto tempo... Todas esperando! E dormindo ou presas.
Não sou feminista. Jamais daria conta de sê-lo. Mas acredito que nós mulheres merecemos melhores modelos de experiência amorosa. Pior ainda para os pobres dos meninos, que ficaram com toda a responsabilidade de conduzir o amor perfeito e o tal “final feliz”. Que peso terrível sobre eles. Nem é justo.
O amor inspira cumplicidade. O amor inspira vontade de dois. O amor necessita de dois (ou mais!), senão “fica faltando um pedaço” (como diria qualquer Djavan).
O amor é benigno. Não quer o mal.
Se apaixonem e vivam o amor. Digam agora o que precisa ser dito. Façam agora o que precisa ser feito. Sejam agora o que precisarem ser. O amor é aqui e agora.
E vamos aproveitar e deixar claro que estou falando de qualquer tipo de amor. Não importa. Todo amor vale à pena. Mesmo diante dos paradigmas e crenças inúteis de um mundo preconceituoso e que anda se afogando em amargura.
O amor é feito de toda e qualquer direção que seu afeto tomar. Não importa pelo quê e nem por quem. Desde que esteja disposto a dedicar seu afeto e se esforçar para tê-lo compartilhado e correspondido.
Sobre amor, não existe receita certa, medida exata ou condição ideal. O que deve existir sempre é DISPOSIÇÃO.
Disposição para amar logo, amar agora, amar rápido, amar completamente, amar intensamente.

O amor é coisa de agora, já, nesse instante!