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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A aventura de aprender

Aprender é mesmo uma aventura.
Relendo Piaget e Vigotsky que, para esta humilde pedagoga, se completam em sua forma de ver a aprendizagem, constatei como pode ser extremamente empolgante aprender e como pode ser stressante também... Ou vai me dizer que nunca sentiu raiva daquele professor que não sabia explicar o assunto?
Na verdade, não é que ele não soubesse explicar o assunto. Ele até sabia. O que talvez ele não soubesse, ou não lembrasse (porque a gente aprende na faculdade) era em que fase do desenvolvimento cognitivo você estava. Ou uma coisa que poderia ajudar mais ainda: lembrar que, em todo processo de aprendizagem, todo mesmo, é preciso que haja um “desequilíbrio” (Piaget), um “conflito” (Vigotsky), entre o que sabemos (dominamos de olhos fechados) e o que estamos aprendendo (desconhecemos, nunca vimos). Aquela frustração sentida diante das palavras em grego absoluto que o seu professor falava, nada mais era do que um processo de aprendizado. No entanto, cabia ao educador criar um ambiente que pudesse prepará-lo para a aprendizagem ou trabalhar sua frustração de modo que ela pudesse ser canalizada para o desejo de superar o obstáculo.
E quantos professores tivemos que fizeram isso de uma forma absolutamente fantástica. Com quantos professores você aprendia com uma facilidade imensa? Eles apenas sabiam, de forma concreta ou intuitiva, o que foi exposto acima.
Logo, precisamos entender que o processo de aprendizagem requer algum “sofrimento”. Mesmo que momentâneo, para que possamos nos apropriar de um novo conhecimento, é necessário que haja algum desconforto. Saber como lidar com esse desconforto é o que faz a diferença para quem quer ir mais longe.

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