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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A competência possível

Sou filha de um lavrador que virou garçom e de uma dona de casa que virou manicure. Logo, tenho a mesma origem e a mesma história de boa parcela da população brasileira que conquistou um diploma de nível superior com muito sacrifício.
No entanto, ao longo da minha vida e, principalmente, desde que comecei a trabalhar com consultoria, passei a perceber como a herança moral recebida de meus pais foi imprescindível para que me tornasse um profissional competitivo no mercado de trabalho.
Na infância, lições simples ouvidas repetidamente tais como: “coloque seus sapatos no lugar”, “não deixe a toalha na cama”, “coloque o prato na pia”, “junte seus brinquedos” – podem gerar profissionais organizados.
Lições elaboradas, tais como: “vai fazer o dever”, “ajuda seu irmão”, “respeita seu pai”, “dê a benção para sua avó”, “tá na hora da escola”, “dê a cadeira para os mais velhos”, “não responda sua mãe” – podem gerar profissionais responsáveis, respeitosos e cumpridores de prazos, horários e deveres.
Lições mais elaboradas, tais como: “devolva o que não lhe pertence”, “não corra”, “vamos dar os brinquedos que você não quer mais para quem precisa” – podem gerar profissionais honestos, competentes, comprometidos com os objetivos e com a equipe.
Bons profissionais cumprem horários e prazos. Respeitam regras e, se não concordam com elas “pedem pra sair”. Esforçam-se na direção dos objetivos coletivos e tem comportamento profissional durante o tempo em que estão ligados por contrato com a empresa.
Cheguei à conclusão de que, bons profissionais são, quase sempre, bons filhos, bem criados e com uma boa base familiar. Boa parcela das competências buscadas pelas empresas está diretamente relacionada à formação moral do indivíduo.
No entanto, existem também aqueles que, providos do dom único do livre arbítrio, decidiram negar a criação de seus pais e seguir por outros caminhos.
Você, qual caminho seguiu?

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Superação possível!

Conheci ao longo do meu trabalho diferentes tipos de traumas e fobias... Conheci e enfrentei os meus, quase todos superados com sucesso com a ajuda das técnicas da Programação Neurolinguística – PNL.
Às vezes, apenas conhecer o funcionamento de como o cérebro registra possíveis traumas ou fobias pode ajudar a pessoa que busca ajuda a perceber que algo pode ser feito, inclusive a curtíssimo prazo.
Quando um fato acontece em nossa vida absorvemos o evento através dos nossos canais sensoriais: visão, audição, tato (cinestesia), olfato e gustação. A informação recebida pelo nosso cérebro através de um desses canais, ainda passa por três filtros que todos nós temos: omissão, distorção e generalização.
Ao chegar ao nosso cérebro, essa percepção gera uma sensação, um sentimento, uma emoção. É essa sensação ou emoção que nos faz relembrar o evento inicial e daí instala-se o trauma ou a fobia.
Logo, quando buscamos ajudar pessoas com esse tipo de problema, trabalhamos em cima da sensação. É a partir dela que conseguimos eliminar ou diminuir o impacto de traumas e fobias. Alterando a sensação ou emoção, alteramos a forma como a pessoa processa a informação.
É fácil entender através de um exemplo bem simples: casais de namorados elegem como sua música tema, aquela música que tocava quando se beijaram a primeira vez. Sempre que ouvem aquela música, revivem a sensação do primeiro beijo. Quando o casal termina, ao ouvir aquela música, naturalmente rejeitam pensar naquele momento, principalmente a parte que recebeu o fora. Este, passa a não mais querer ouvir a música ou quando a ouve, substitui (e esta é a palavra chave) o antigo sentimento de paixão e envolvimento por raiva, ressentimento ou simplesmente não registram mais nenhuma emoção (a parte que terminou, claro!)
Percebe como fazemos isso quando queremos? Ou seja, substituímos emoções por outras e fatos que antes eram extremamente significativos passam a não representar mais nada...
Quando usamos técnicas de Programação Neurolinguística – PNL, usamos essa estratégia para eliminar ou diminuir traumas e fobias. Substituímos ou anulamos a sensação que esteve presente no momento que se instalou o trauma.
Como descobrimos o momento do trauma? Ah! Essa é outra história....

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O uso de dinâmicas de grupo I

É importante começarmos a conversar tomando por base o maior objetivo para utilização ou aplicação de uma dinâmica de grupo:
1)    Quando você trabalha com um grupo que se conhece e convive: oferecer uma oportunidade para que o grupo estude seu funcionamento
2)    Quando você trabalha com um grupo que se reuniu naquele momento e os indivíduos não se conhecem: oferecer uma oportunidade para que o indivíduo estude seu comportamento dentro de um grupo
A dinâmica é um exercício estruturado: regras e objetivo da tarefa. Mas nunca pode ser um exercício previsível. O grupo ou o indivíduo precisa ter liberdade para funcionar como achar melhor. Ou seja, cada grupo ou indivíduo vai procurar o melhor funcionamento de acordo com os recursos internos que possui.
Trocando em miúdos, jamais aplique uma dinâmica de grupo esperando que aconteça algo que VOCÊ quer... Permita-se viver a experiência com o grupo, observando os movimentos subjetivos e utilizando essas percepções para ajudar o grupo no seu processo de estudo de funcionamento.
É importante que considere no planejamento um período de tempo, imediatamente após a plicação, para que o grupo converse sobre o que aconteceu durante a dinâmica. Neste momento é importante que você lance questões para o grupo que o ajude a analisar como funcionaram, daí a necessidade de estar atento ao grupo durante todo o tempo de execução da atividade.
Durante essa análise, as pessoas falam quando querem, não force a participação nem as obrigue. As pessoas falarão quando se sentirem bem para fazê-lo. Ás vezes, o próprio silêncio é sua “fala” sobre o que aconteceu.
E, por último, uma lição aprendida com o grande mestre Mauro Nogueira: fuja à tentação de controlar o grupo. Só existem duas coisas que você pode controlar, em se tratando de grupos: o tempo e o espaço.