Não há constrangimento maior para um profissional do que, deparar-se no trabalho, com um ambiente onde os envolvidos não sabem separar o aspecto profissional do pessoal.
Esclareço: verdadeiros profissionais comportam-se no trabalho como profissionais, desempenham na empresa o papel que lhes compete dentro do cenário da empresa, representam o script que lhes cabe no contexto da função para a qual foram contratados. Logo, a personalidade, a identidade, ficam resguardadas de todo e qualquer impacto que por ventura tenha no ambiente de trabalho.
Mas, o que faz com que separemos o pessoal do profissional? Primeiro, o entendimento do conceito e aplicação de uma ferramenta primorosa chamada feedback.
Feedback é o retorno que recebemos do outro, de como ele percebe nosso comportamento. Logo, se estou inserido em um contexto de trabalho, onde as relações “deveriam” ser estritamente profissionais, a percepção do outro sobre meu comportamento diz respeito apenas ao contexto profissional, e não a como ou quem sou na minha essência (identidade). O feedback é a ferramenta mais rápida e eficaz para desenvolver novos comportamentos e melhorar o desempenho profissional e fornecer crescimento no aspecto intrapessoal.
O comportamento de um indivíduo é definido pelo ambiente em que ele está inserido. Costumo exemplificar dando o exemplo de um velório. Como é a roupa que escolhemos? Como fica nosso semblante? Qual é o tom de voz utilizado? Percebe que temos um “papel” a representar nesse contexto? Agora, façamos o inverso: vamos a uma festa. Como é a roupa que escolhemos? Como fica nosso semblante? Como nos comportamos na festa? Ou seja, qual é o “papel” que iremos representar num contexto festivo?
O ambiente de trabalho tem normas, regras que são de interesse da empresa. Existe uma imagem que a empresa quer passar aos seus clientes através de seus colaboradores. Estas normas, regras, imagem e qualquer outra especificidade desse ambiente de trabalho (uniforme, por exemplo), são dadas a conhecer ao profissional no início da relação de trabalho. Em sendo aceitas e o contrato de trabalho é assinado, cabe ao profissional segui-las. Em contrário, agradeça e busque um ambiente que seja mais adequado ao seu perfil.
Segundo, o conhecimento e o entendimento apresentado na ferramenta criada pelos psicólogos Joseph Luft e Harrington Ingham, em 1955 – a Janela de Johari. Essencial e primordial a todo e qualquer profissional ou empresa, a Janela de Johari minimiza erros de comunicação na empresa e facilita o processo de feedback.
Mas essa.... Essa é uma nova história para o nosso blog. Acompanhe!