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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Nos palcos da vida...

O quanto podemos ser de nós mesmos nos diversos papéis que representamos na vida?
Jacob Levy Moreno, o criador do Psicodrama, defendeu que em cada espaço em que nos inserimos, estamos representando um papel. Via de regra, esse papel está carregado do que o ambiente e as pessoas inseridas nele esperam de nós. Também faz parte desse papel, os nossos desejos e aspirações. Às vezes, nossos desejos e aspirações podem se chocar com as expectativas dos outros em relação a nós. Mas, na maioria dos casos vivemos e nos deleitamos com cada papel, mesmo que sofrido. Em cada espaço de convivência representamos o papel que o ambiente exige.
A partir daí fica fácil deduzir duas coisas. A primeira: quando não representamos nosso papel a contento, recebemos do ambiente em que estamos inseridos "uma dura". Isso se traduz em cobranças de pessoas próximas, nosso desconforto no ambiente, que se torna pouco amistoso...
A segunda: quando achamos que não estamos ocupando o espaço digno de nosso papel, nós buscamos outro espaço para exercê-lo. Isso se traduz nas traições, na busca de aventuras "radicais", nos desafios aos padrões...
O que fazer para não sermos vítimas de nosso próprio script?
A maneira mais simples e prática é exercitar o auto conhecimento. Conhecer nossas possibilidades e limitações. Entender a nós mesmos facilita entender o "cenário" e definir quais as possibilidades e limitações do papel naquele momento.
E como entender a nós mesmos?
Ah! Isso exige tempo, dedicação e muita disposição para ouvir o que os outros tem a dizer a cerca do nosso comportamento.
Afinal, a única forma de ampliar nossa "zona de cegueira" a cerca do nosso comportamento, é ouvindo pessoas que confiamos sobre como elas percebem nosso comportamento. A percepção que o outro nos traz é de suma importância para o processo de autoconhecimento. Invista nisso: escute as pessoas que confia. Ouça e pondere sobre o que elas dizem. Mesmo que conflitue com suas convicções. Elas querem o melhor para você. Permita-se viver plenamente o seu papel neste mundo.
E cá estamos dependendo da Janela de Johari novamente... Já prometi esse artigo. Sinto que está na hora de cumprir a promessa...

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