Páginas

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A lição do espelho

As pessoas sempre serão aquilo que elas podem ser, nunca o que nós queremos que elas sejam. Se muito, o que você pode fazer é fornecer feedback genuíno para que ela analise e decida se vale a pena alguma alteração de comportamento.
No trabalho, convivemos com diversos tipos de pessoas, com aquelas com quem o "nosso santo não bate" e/ou com aquelas que têm péssimos hábitos. O que fazer quando temos que conviver, no local de trabalho, com pessoas que, comprovadamente, contribuem com fofoca, calúnia ou qualquer outro comportamento que leve a prejudicar os outros colegas de trabalho?
Bom, se precisa do trabalho e não tem melhores opções, comece respirando três vezes para oxigenar o cérebro. Ajuda também lembrar que, se aquela pessoa tivesse melhores recursos internos, ela agiria de forma diferente. Logo, é importante compreender que o comportamento dela é fruto da própria limitação. E, ter maldade no coração também é limitação.
Se for possível, chame-a para uma conversa franca e particular (muito importante ser particular) e diga-lhe como se sente em relação ao comportamento dela. Seja específico. Palavras como "sempre", "toda vez", todo dia", "nunca" devem ser evitadas.
Se não for possível a conversa, estabeleça uma distância respeitosa da pessoa, deixando as relações em um patamar estritamente profissional. Se não puder deixar isso claro com palavras, deixe claro com sua postura.
E nunca, nunca mesmo, fale dela ou sobre ela em qualquer situação.
O procedimento acima aplica-se em casos comprovados de comportamento prejudicial a outro. Nos casos em que apenas e tão somente seu "santo não bateu" com o do outro, o procedimento é outro.
Para esses casos em que você não gostou do outro só porque ele existe, recomendo que aprenda a lição do espelho.
Quando vemos o outro estamos olhando no espelho: o que vemos de bom no outro é o que há de bom em nós mesmos. O que há de ruim nele é o que não gostamos em nós ou o que gostaríamos de ter mas ainda não temos. Afinal, só é possível “reconhecer” (no outro) aquilo que conhecemos bem...
Duvida???? Sem problemas. Pensei assim mesmo quando aprendi esta lição. Passado o desdém e a raiva de quem me disse isso, resolvi analisar meus sentimentos e percebi, com muita tristeza, a veracidade de tal lição.
É caríssimo (a), "o inferno são os outros"(Sartre)???? Não. O inferno somos nós mesmos.
Medir os outros com a nossa medida nunca será justo. Assim como, talvez, você não goste de ser medido pela medida alheia. Você não sabe o que o outro passa ou passou ao longo da vida. E a recíproca é verdadeira. Cada ser é um mundo imenso de possibilidades e limitações, inclusive, nós mesmos. Pense nisso!!!

Um comentário:

  1. Sábia Geni, estou fazendo sessões c uma psicologa e ela me disse a mesma coisa q vc tão sábia, honesta e claramente disse. Vc continua tão magnifica e esplendorosa, me orgulho de dizer q conheço vc. Felicidades.

    ResponderExcluir

O que você achou deste artigo?