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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Como me tornei Life Coach de lutadores de MMA

Team Geni Frota em 2015


Agora o MMA (Mixed Martial Art) é minha vida. Não dá mais pra sair. A coisa tomou uma proporção que eu julgo não ter mais volta.
Então me deu vontade de escrever aqui como tudo isso começou. Vai dar um texto maior do que costumo escrever mas, é uma bela história.
Leia!
Vivo dentro do esporte há 33 anos. Fui atleta, dirigente, treinadora, árbitra... E agora, me dedico, também, ao Coaching Esportivo.
Adoro esportes! Todos! Ainda não encontrei um esporte que eu não goste. Porque não é só o esporte que me apaixona e me seduz. É o que ele é capaz de fazer às pessoas. É como ele desafia a superação de limites (meio clichê, eu sei), como ele é capaz de dar foco e direção, como ele pode dar àquele que se supera a melhor das sensações que alguém pode sentir: a alegria da conquista.
Somos naturalmente competitivos. Afinal, foi isso que nos manteve sobre a terra como espécie e é isso que nos garantiu todo o aspecto evolutivo ao longo dos séculos.
Mas o esporte nos dá dois diferenciais: as regras e os índices.
No esporte somos desafiados a evoluir dentro de certas normas e regras específicas e somos desafiados a perseguir uma meta que deverá ser constantemente superada. Somente essa superação pode garantir a coroa de louros, um lugar no Olimpo, a entrada triunfal na cidade...
Sou Coaching desde 2004 e tenho como mestres os americanos Rhandy Di Stefano e Arline Davis. Fiz formação em Coaching com os dois. O primeiro em 2004 e o segundo em 2011.
Em meados de 2012, me dei o desafio de “testar” o que eu já fazia no esporte coletivo (futebol) em algum esporte individual. Quis o bom Deus que eu me deparasse na minha time line (linha do tempo no micro blog Twitter) com uma menção feita por Rodrigo Minotouro a um certo “John Macapá”.
Macapá é a cidade onde moro e me chamou atenção porque eu não sabia que existia MMA no Amapá e muito menos que havia um amapaense participando do primeiro TUF (The Ultimate Fight) realizado no Brasil.
A menção a John ocorreu devido a sua polêmica derrota que acabou por tirá-lo do programa. Na sequência, ele participaria de uma edição do UFC, onde também sairia derrotado. Em ambas as derrotas, a decisão coube as juízes. (A derrota dentro do TUF não conta para o cartel do lutador)
Adquiri o pacote do canal fechado apenas para ver a luta de John. Após o resultado, um amigo que conhece meu trabalho como Coach me falou: “seu trabalho pode ajudar esse rapaz”.
A partir dali, comecei uma busca para entrar em contato com John a fim de oferecer meu trabalho a ele. Consegui contato cerca de 8 meses depois, porque ele havia se mudado para o Rio de Janeiro a fim de treinar na academia Nova União.
Em uma de suas visitas a Macapá, nos encontramos e expliquei o que fazia e como poderia ajudá-lo com o Coaching. Ele aceitou na mesma hora. Naquele momento eu não sabia como poderia ajudá-lo e ele me diria tempos depois que aceitou também sem saber como aquilo poderia ser útil. Mas eu estava disposta a estudar o esporte, estudar como ele funcionava e usar as ferramentas do Coaching para potencializar o talento daquele jovem.
Mas o Universo une quem precisa se encontrar e desde que aquele tweet veio parar na minha conta que eu sabia que precisava encontrar aquele rapaz.
Trabalhamos juntos há 3 anos e desde então ele nunca perdeu. Que fique claro aqui que o mérito cabe a John, porque soube o que fazer com cada ferramenta que o processo de Coaching ofereceu a ele. Nesses 3 anos ele teve a coragem de quebrar paradigmas e desafiar suas crenças.
Nunca conheci alguém mais disciplinado e mais consciente de onde quer chegar do que John Macapá. Nunca conheci alguém que tivesse tanta coragem pra fazer renúncias... Sinto-me privilegiada e orgulhosa por ser testemunha de uma parte da história que apenas eu posso contar mas que vocês podem medir através dos resultados que ele vem conquistando.
Da nossa interação e dos resultados alcançados, surgiram outros lutadores que se interessaram pelo trabalho e que acabaram por me colocar definitivamente e irremediavelmente no mundo do MMA.
Hoje trabalho de maneira constante, além de John, com Felipe Fróes, Alexandre Cirne, Luis Felipe “Cabocão, Luan Luiz e William “Pitchula” e vários outros que me procuraram para trabalhar para uma luta específica: Raico “Raio X”, Junior Chaves, Eliandro PQD e Geisa Veloso.
Cada um deles é um universo diferente, precisa de uma abordagem diferente, mas todos tem uma coisa em comum: eles decidiram sair do lugar comum e assumir a responsabilidade por suas escolhas.
Como é feito o trabalho de Coaching com lutadores de MMA?

Essa é outra história que vou contar...

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