Acredito ter mencionado em artigos anteriores alguns aspectos de minha formação que são motivos de orgulho para mim. Um deles é ter uma origem humilde que me permitiu reunir um conjunto de valores morais que muito contribuíram para minha formação. Em função desta origem muito, muito, mas muito humilde, desde cedo deduzi que teria que estudar muito a fim de mudá-la. E, acredite, tomei esta decisão bem cedo. Sempre me dediquei imensamente aos estudos, não por ser inteligente mas, por necessitar terrivelmente ter uma condição melhor do que meus pais até então me deram.
Por que entro nesta seara?
Escrevo aqui sobre os conhecimentos que adquiri ao longo de estudos e experiência. Desenvolvi este blog para dividir isso com outras pessoas. Este é o objetivo maior deste meio de comunicação. Para que as coisas que você lê aqui possam lhe ser úteis, possam lhe servir de alguma forma, quando ajuntada à sua sabedoria, para promover seu crescimento e desenvolvimento profissional. Escrevo aqui sobre os assuntos de conversas com pessoas queridas, sobre uma pergunta que alguém me fez ou sobre coisas que observo no comportamento humano, objeto do meu trabalho.
Pois bem!!!
Recentemente deparei-me com uma questão interessante: o profissional que encara o conhecimento que tem como uma elevação, uma distância que o separa dos reles mortais... Foi uma experiência interessante e, me permita mencionar que eu era um dos reles mortais... E senti-me incomodada sim com meu parco saber. Naquele momento eu “lia” na fisiologia e na postura do outro uma superioridade que, em parte era dada por mim, em outra parte cultivada pelo próprio em função de possuir algo que, naquele momento, os demais não possuíam.
Daí, passei a pensar sobre o que significa o conhecimento que acumulamos ao longo de estudos e/ou experiência. E me questionei o que estou fazendo com o meu...(?) E lembrei-me de Mauro, meu mestre. E de Arline, minha mestra. E lembrei-me de como eles são humildes e generosos com o que sabem. E quanto aprendi em função desta generosidade que, mesmo dentro de uma relação comercial, extrapolou a mera relação pedagógica do ensinar e alcançou o nível do compartilhar. E passei a pensar na forma como estou administrando o que sei (porque esses momentos conduzem, automaticamente, a auto reflexão). E transfiro a vocês a pergunta, para não ficar aqui falando de mim: como você está usando o conhecimento que possui? Está dividindo com outros, está passando como herança aos mais jovens, está espalhando o que sabe, o que descobre, seja de forma comercial (ganhando dinheiro) ou voluntária? Encara o que sabe como um presente de Deus e que, para que se multiplique em você mesmo, precisa dividir com outros?
Conhecimento é poder, ouvi e li isso várias vezes. O Bill Gates disse isso. O Barão de Mauá disse isso. E é mesmo! Mas, lembro da frase dita pelo tio do homem-aranha (perdoe a futilidade): “com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades”. E isto é fato também.
Qual seria, então, a receita para usarmos o “poder” dado pelo conhecimento para não nos tornarmos um “poço de arrogância” ou uma “mala sem alça”?
Bom, podemos começar por uma breve oração pedindo ao Criador: humildade! Depois podemos pensar que o conhecimento que acumulamos só pode ser reconhecido por aqueles para quem este conhecimento possa ser útil. Ou seja, por mais conhecimento que tenhamos, sem um processo de conquista do outro, ele jamais será reconhecido. A admiração e o respeito não podem ser impostos ou comprados. Precisam ser conquistados. E conquista exige empenho, dedicação e muita percepção do outro (além daquela humildade ali, do início).
Divida, multiplique, some, seu conhecimento. Mande e-mails, crie blogs, poste no twitter, no facebook. Fale do que você sabe com amor, com paixão e, principalmente, com o desejo sincero de ser útil aos outros.
Ai Deus!!! Eu estou até me sentido melhor..... E você?
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