Por certo, você vem ouvindo constantemente essa palavra americana que ainda não encontrou tradução adequada no nosso português para definir o exercício da profissão de coach...
Decidiu-se permanecer com o formato em inglês porque sua tradução (“técnico”) não consegue englobar os aspectos envolvidos no processo de coaching.
Então, de onde surgiu essa profissão que está ganhando corpo no Brasil?
Surgiu há algumas décadas nos EUA (sempre lá), no contexto das equipes esportivas. O técnico, na cultura americana, toma a forma de um segundo pai, de um orientador pessoal e profissional, visto que lá o esporte é um dos caminhos para chegar à faculdade. Focados em resultados e no desenvolvimento de competências, os americanos promovem, através do esporte, diversos aspectos da formação do indivíduo. O objetivo maior é promover mudança de vidas. (Para visualizar a atuação dos coachs americanos no esporte, recomendo os filmes: Coach Carter – treino para a vida, Somos Marshall e Para sempre vencedor, todos eles baseados em histórias reais)
Neste contexto, surgiu a profissão de coach voltado para as empresas. Estratégias de atuação desses coachs/técnicos esportivos foram mapeadas e adaptadas à realidade empresarial para desenvolver CEO´s, primeiramente, e depois, os demais elementos do organograma empresarial.
Os processos de coaching foram evoluindo e hoje temos Coachs Executivos, Coachs de Vida e Coachs de Equipes.
Os Coachs Executivos são contratados pela própria empresa, para desenvolver no colaborador, de qualquer cargo ou função, competências voltadas para os objetivos da empresa. Há também casos do profissional contratar o coach mas, o trabalho e os objetivos vão estar voltados para as expectativas profissionais que a empresa tem em relação a ele. Logo, o que caracteriza o Coach Executivo é que este é voltado para o ambiente da empresa e seus objetivos.
Os Coachs de Vida são contratados diretamente pela pessoa, para desenvolver competências com foco no alcance de objetivos pessoais. Estes objetivos vão desde a formatação de um plano para a própria vida, passar num concurso, desenvolver competências de liderança, até ganhar ou esquecer um amor. (Para visualizar a atuação e um Coach de Vida, recomendo o filme Hitch – conselheiro amoroso, com Will Smith).
Os resultados obtidos com o trabalho de um coach dependem muito do comprometimento do coachee (nome que se dá ao cliente do processo de coaching) com os próprios objetivos. Para usar uma metáfora comumente utilizada no meio dos coachs: coach não faz fogo, ele apenas sopra as brasas. Ou seja, tem que existir algo a ser trabalhado. E através de diversas técnicas e estratégias, o coach colabora com o objetivo desejado pelo coachee.
A definição de um processo de coaching utilizada pelo Núcleo Pensamento & Ação, uma das instituições pela qual sou formada:
Processo de apoiar uma pessoa na identificação e criação de estados desejados, desenvolvendo e acessando seus próprios recursos internos.
Sobre os aspectos práticos: o coach atende de acordo com a disponibilidade do cliente, sendo recomendado manter encontros semanais com 1 hora de duração. No entanto, para cada caso ou objetivo, pode haver adaptações, de acordo com a necessidade do cliente. Os valores variam de acordo com o profissional (formação, experiência, carteira de clientes). No mercado amapaense, esses valores oscilam entre R$ 80,00 a R$ 200,00, o coach individual. O coach de equipes tem valores diferenciados.
A formação de um coach é feita em treinamentos de 80 a 90 horas (nunca menos que isso), em instituições ou diretamente com profissionais que tem experiência em coach. Existem diversas certificações denominadas internacionais, porque é uma profissão ainda não reconhecida formalmente no Brasil. O ideal é que você peça informações sobre a formação do seu coach e faça pesquisas sobre a credibilidade da instituição ou do profissional que o treinou.
Uma dificuldade (!!??): o processo de coaching é sigiloso. O cliente só divulga que contou com a ajuda de um coach se assim o desejar. Logo, se precisar de referências, terá poucas opções, visto que, poucos autorizam a divulgação de seus nomes como clientes. (falo especificamente de minha experiência no mercado amapaense)
E você deve estar se perguntando: e aquele coach de equipes que você falou?
Ah! Este é minha paixão: grupos! Falo dele especialmente em outro artigo. Até lá!
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