Desculpe você aí que tem absoluta
certeza do que é e fica cantando aos quatro ventos seu verdadeiro EU. Você que
já chegou ao ápice da máxima socrática do “Conhece-te a ti mesmo”.
Este texto não é para você! Até
logo...
No entanto, você que continua esta
leitura e que se vê conscientemente na busca incessante de conhecer-se, saber
suas possibilidades e seus limites, que tem certezas e muitas incertezas, que
se olha no espelho e vê um ser forte, capaz, vencedor mas, que no dia seguinte
vê um serzinho feio, de cabelo esquisito, incapaz, fraco e fadado ao
fracasso... Para você uma excelente notícia: você é um ser perfeitamente
normal!!!
Que bom que você está ainda aqui,
lendo...
Nossa instabilidade na percepção
que temos de nós mesmo não é sinal ou sintoma de fraqueza. Antes de mais nada,
pressupõe que você está extremamente atento ao seu funcionamento e pode
perceber quando se aproxima do abismo a tempo de retornar. Ainda, que,
consciente de que tem fraquezas e as conhecendo bem, pode agir sobre elas e,
pelo menos, minimizá-las.
Somos fruto de uma sociedade
marqueteira... É! Criei essa perspectiva: marqueteira porque vende a ideia que
devemos sempre estar preparados para gravar um comercial de refrigerante ou de
creme dental (olha que me deu vontade de escrever “pasta de dente”!)... A
cobrança incessante de sempre parecer estar no podium da motivação levou a um
modismo das tais palestras motivacionais, cujo único ganho é dar alguns minutos
de muito riso e pouca bagagem cognitiva para fortalecer comportamentos.
Também criou uma ojeriza geral
pelos livros de auto ajuda. Todos esquecendo que o nome do segmento é auto
explicativo: auto ajuda ---> só VOCÊ pode se ajudar, o livro só lhe dará
elementos para... as decisões são por sua conta. O livro levanta questões que
podem ou não servir para o seu contexto aqui e agora, poderá não fazer sentido hoje, portanto, não os leia por modismo,
apenas por necessitar de alguma luz sobre determinado tema.
Saiba que, metade do que pensa
sobre motivação pode ser bastante melhorado se você não fosse tão pressionado a
sempre “estar de bem com a vida”, estar “sempre sorrindo”. Fique calmo! Você tem
o direito de estar de mau humor (não todo dia!). Tem o direito de se sentir
meio feinho (não todo dia!). Tem o direito de sentir o peso do mundo em suas
costas (não todo dia!).
E tem o direito de levar a vida do
seu jeito, desde que consiga ser feliz com isso. Inclusive com os feedbacks que receber por causa disso.
E correndo o risco de me tornar
repetitiva, porque já escrevi isso aqui, lhe digo com todo o carinho:
A felicidade não é um estado, é
uma decisão. A felicidade NUNCA pode ser o destino, precisa ser o CAMINHO.
Fique bem!
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