Este artigo foi escrito em homenagem e em honra ao Policiais
Militares que participaram do curso Formação de Instrutores, promovido pela
Escola de Administração Pública
Minha Turma - homens e mulheres de coragem... |
O
ato de ensinar pressupõe uma certa magia! Um certo encantamento!
A
magia acontece no momento em que se completa o ciclo de aprendizado, e quem
aprende percebe que recebeu o que desejava. E quem ensina tem a certeza de que
fez o que era bom: PARA O OUTRO.
Logo,
ensinar é, antes de tudo, um ato de renuncia...
E
para que se possa renunciar a alguma coisa é preciso amar demais para abrir mão
do que queremos, acreditamos ou temos como certo, muitas vezes ao longo de uma
vida inteira.
Falemos
então, de ensinar...
Não
há maior prova de amor do que permitir que o outro seja o que ele quer ser,
sinta o que ele quiser sentir e se desenvolva o tanto que ele quiser se
desenvolver.
Mas
a maior prova de amor mesmo, é dar o melhor de nós e esperar que tudo o mais dê
certo no final.
Nenhuma
experiência pode ser mais fantástica, na profissão que exerço, do que se
deparar com um grupo de profissionais que querem fazer o melhor! Eu tive o
privilégio de conhecer um grupo de pessoas com uma preocupação de ser melhores,
de fazer o melhor, de tornar o que está ao seu redor melhor.
Mas
tem um detalhe: por maior que seja a nossa vontade, quando estamos inseridos
dentro de um contexto, dentro de um sistema ou mesmo dentro de um projeto, se
não houver vontade alheia, nós não conseguiremos chegar a lugar algum. E o
sentimento natural que surge é a frustração.
Frustração
que corrói, que causa dor, que desgasta, que faz perder a esperança, que
espalha desesperança...
Ser
um bom profissional, ser um profissional excelente (e já falei muitas vezes
aqui no Blog), nunca vai poder depender dos outros, só pode depender de nós
mesmos, do que somos capazes de inventar, do que somos capazes de criar, a
partir do nada, muitas vezes.
Trabalhar
com processo de aprendizagem, seja de um ser em aprendizado, ou de um ser já
formado, no caso dos adultos, é muito desafiador, porque exige uma condição sine qua non pra que tudo o mais dê
certo: não há como, definitivamente, ensinar sem amor, assim como,
definitivamente, não tem jeito de aprender sem ter vontade.
Reunidas,
o amor e a vontade, essas duas forças podem fazer muito, por ambas as partes:
tanto por quem está disposto a ensinar, quanto porque quem está disposto a
aprender.
Eu
costumo dizer que, todo processo de aprendizado, gera algum incômodo, e muitas
vezes, dor! Como, como eu acabei descobrindo ao lado do querido Django. A dor
do aprendizado não é uma dor que mata, que aleija, que impossibilita... É uma
dor necessária para que, aquilo que nós não sabemos, possa ser “ajuntado” com
aquilo que nós, ainda, não sabemos. Mas, o mais importante de tudo é que, o
quer que nós nos propomos a aprender precisa servir para alguma coisa – esse é
o sentido da educação do adulto. Ele tem que saber, sentir e ter a certeza, de
que aquilo que ele está aprendendo é aquilo que ele de fato precisa.
Mas,
lamentavelmente, ou felizmente!, quem tem que decidir se ele precisa do que
está aprendendo, é ele mesmo! Não tem como essa escolha ser terceirizada. Logo,
todas as vezes que nós nos dedicamos ao processo de ensinar, poderá descobrir
que nem tudo que está disposto a ensinar será interessante para alguém. E essa
pessoa é livre para decidir isso...
É
nessa hora que começa a ser testada a nossa capacidade de renuncia... Renunciar
a todas as certezas que nos levaram até ali...
Vencer
a si mesmo é imensamente mais difícil do que vencer o outro...
Força
guerreiros!
*
lembram do monstro feio??? kkkkkk Pois é... sempre estarei por perto!