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quinta-feira, 14 de março de 2013

Na lanterna dos afogados...



                                   
Muitos são os momentos que enfrentamos dificuldades na vida e precisamos de algum tipo de socorro. Mas, nem sempre este socorro vem com a urgência que precisamos.
Algumas experiências pessoais, ajuntadas com boas conversas com pessoas queridas sobre estes momentos, me lembraram a letra da música que abre este artigo.
Aos fãs do Paralamas, eu já vou adiantando que meu raciocínio não seguiu o de Herbert Viana. Lembrei-me de outro significado dado à lanterna dos afogados.
Já deve ter visto em alguns filmes aquelas imensas boias salva vidas que ficam próximas à costa, em mar aberto, onde há uma luz no alto, um sino e alças para garantir que, aqueles que conseguirem chegar até ali possam ter uma chance de se salvar.
Há uma luz para se guiar até a boia. Há um sino a ser tocado para chamar a atenção e pedir socorro e, por fim, há as alças, tão necessárias para se agarrar, para se salvar, para esperar por ajuda...
Se até este momento esta metáfora não fez sentido ou não lhe remeteu aos seus momentos agarrado à “lanterna dos afogados”, eu tomo a liberdade de discorrer sobre isso.
Em alguns momentos da vida estamos jogados em um mar em fúria, que surra o nosso corpo com ondas descontroladas e pouco nos resta de ar para garantir a superação de diversas dificuldades. Mas, como seres fadados à superação desde os primórdios da nossa existência (sim! Nós temos em cada célula do nosso corpo um aprendizado de milhões de anos de superação. Logo, somos seres capazes!), ainda resta fôlego para colocar a cabeça para fora e conseguir enxergar uma luz que aponta a direção da salvação.
Neste momento, ao avistar a luz que orienta a direção, é preciso reunir os motivos que temos para chegar até lá. É preciso focar apenas em nós mesmos. Naquele momento estanque, embora necessitando de socorro imediato, ainda resta uma parte do caminho para trilhar sozinho. Isso é necessário! Pode ser cruel pensar na dor e na aflição que se passa durante este percurso mas, aquele momento é um momento de aprendizado sobre nós mesmos, é um momento de lutar por nós, sem pensar em mais nada. Sobreviver somente. E você já passou por diversos momentos como esse.
Ao chegar na “lanterna dos afogados”, ainda é preciso agarrar-se com força e lutar mais um pouco, até o socorro chegar. E ele vai chegar!
Para sobreviver é preciso ter vontade de viver. E quando se sentir seguro novamente, lembrar que aquele momento foi de aprendizado.
O que você aprendeu?
Quais forças contribuíram para que conseguisse superar?
Como este aprendizado contribuiu para o que você é hoje?
Essas marcas fazem parte do que nós somos e, no final, a gente sempre vai saber se virar, não é verdade?
Escrevi este texto na 3ª pessoa do plural. Por que? Por querer dividi-lo bem juntinho (vê se pode?!) com vocês.
Afinal, eu também já estive firmemente agarrada à “lanterna dos afogados”... muitas vezes!

(informo aos mais racionais que este texto é uma metáfora! Grata)


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